
História

Rotas comerciais fenícias e colônias no Mar Mediterrâneo
Lisboa tem cerca de 3.000 anos de história registrada, há evidências de ocupação humana desde o período neolítico.
Foi um importante entreposto fenício, Alis Ubo (porto seguro), por volta do século XII a.C. Estes, notórios comerciantes marítimos, são geralmente considerados os fundadores da cidade.
Utilizavam o porto natural do rio Tejo para intercâmbios com os celtas. O rio chamado "Taghi" era vital para a navegação e pesca na região, tornando o estuário de Lisboa um ponto estratégico para suas atividades comerciais.

Felicitas Julia, como a nomeou Júlio César, o imperador que lhe concedeu o estatuto de município.
Segundo fontes históricas (como Estrabão e Plínio, o Velho), "Olisipo" (Lisboa) aliou-se a Roma voluntariamente, oferecendo apoio contra os povos vizinhos (como os lusitanos e celtas).
Como recompensa, recebeu o estatuto de "municipium civium Romanorum", ou seja, município com cidadania romana plena para seus habitantes.
Foi urbanizada ao estilo romano, com a construção de
termas, aqueduto, teatro, templo e foro (praças públicas). Tornou-se um porto comercial ativo no Atlântico.
Exportava vinho, azeite, sal e peixe em conserva (principalmente o garum, uma pasta de peixe fermentado muito apreciada em Roma).
O latim tornou-se a língua dominante (base do português atual).

A Casa do Alentejo em Lisboa, influência árabe.
Após o colapso do Império Romano, povos germânicos invadiram a Península Ibérica, os visigodos, um dos principais grupos, tornaram Lisboa uma província de Toledo.
Em 711 d.C. a região foi ocupada por exércitos muçulmanos do Norte da África (berberes e árabes). Lisboa caiu em 714 d.C., passando a se chamar al-Ushbuna, parte importante do Al-Andalus (nome muçulmano da península).
A cidade renasceu com a presença de mercados, mesquitas, banhos públicos e bibliotecas. Tinha ruas estreitas e labirínticas, traço ainda visível em bairros como Alfama.
A influência permanece não apenas na arquitetura, na gastronomia, mas na língua também (centenas de palavras portuguesas vieram do árabe).

Dom Afonso Henriques liderou a reconquista de Lisboa com apoio dos Cavalheiros Templários em 1147 criando um novo reino cristão em um território estratégico que além da localização geográfica importante, tinha um ótimo porto e posição defensiva privilegiada.
A Ordem recebeu terras e castelos em regiões estratégicas (como Tomar, Santarém entre outras), ajudando a defender o território recém-conquistado.
Os templários deram apoio militar e financeiro à Reconquista e às Navegações. Portugal, com sua posição estratégica, inovação náutica, apoio estatal (monarquia consolidada) e forte classe mercantil tornou-se o primeiro grande império global da história moderna, com presença em todos os continentes habitados.

Portugal passou de monarquia decadente no século XIX, por ditadura e revolução no século XX, até se tornar uma democracia europeia moderna e estável no século XXI.
Membro da União Europeia, Portugal ganhou destaque como destino turístico, sede de eventos internacionais e polo digital (Web Summit).
Lisboa moderna, vibrante e internacional, vive um boom turístico e tecnológico, mas enfrenta desafios como a habitação e o custo de vida.